quinta-feira, 7 de setembro de 2017


COMEÇAR DE NOVO, com um regresso às aulas ainda mais verde.



Findo o período de férias, setembro é o mês dos recomeços porque é agora que se regressa de novo à escola.
Com o ano letivo a começar, importante para pais e filhos, é fundamental começar a planear o regresso às aulas o quanto antes para que tudo corra bem e com a máxima tranquilidade.
Antes do primeiro dia de aulas chegar, há sempre tarefas para fazer: planear as atividades educativas, encadernar cadernos e manuais escolares, assim como comprar materiais em falta.
O projeto ClubECO e programa Eco-Escolas pretendem deixar aqui algumas dicas e conselhos, que podem fazer a diferença para um regresso às aulas mais amigo do ambiente.
Primeiro que tudo, para poupar o ambiente e também a carteira, é importante verificar todo o material escolar do ano letivo anterior e selecionar aquele que ainda está em bom estado, pois devemos pensar em reutilizá-lo, tal como marcadores, lápis de cor, material de desenho, etc. Todo o outro material que não possa vir a ser utilizado deverá ter como destino o respetivo ecoponto.
É igualmente importante procurar a troca de livros recorrendo a bancos de recolha, partilha gratuita ou mesmo comprando manuais em segunda mão.
Na compra do novo material escolar, sempre que possível, é muito importante optar por um consumo ambientalmente responsável, dando prioridade à qualidade e durabilidade dos produtos, preferindo materiais produzidos com materiais reciclados e biodegradáveis.
Deve igualmente prestar-se atenção aos rótulos e às respetivas instruções, pois é preferível escolher material “tradicional” sem cair na tentação de comprar borrachas, canetas ou lápis com aromas ou perfumes e tintas de base aquosa, sem solventes. Na escolha de cadernos e dossiês, é melhor optar por modelos mais resistentes para que possam durar todo o ano escolar.
Relativamente aos lanches e água, o mais indicado é optar por lancheiras e garrafas reutilizáveis, para assim substituir o papel e o plástico das embalagens.
Outra maneira para um regresso às aulas mais verde, é passar a vir a pé ou de bicicleta para a escola, em vez de vir de carro, sobretudo em pequenas distâncias urbanas. Além de ser benéfico para o ambiente, é um comportamento que traz também muitos benefícios para a saúde e para a aprendizagem.
No final, todos ficamos a ganhar.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Pinheiro

Pinheiro é o nome comum das árvores pertencentes à divisão Pinophyta, tradicionalmente incluída no grupo das gimnospérmicas. Este artigo se refere apenas às plantas do género Pinus, da família Pinaceae.
São nativos, na sua maioria, do Hemisfério Norte. Na Eurásia, eles ocorrem desde Portugal e leste da Escócia até ao extremo oriental da Rússia, Japão e norte de África.  Os pinheiros são também plantados extensivamente em muitas partes do Hemisfério Sul.
Os pinheiros são plantas perenes e também produzem resinosos. A casca da maioria dos pinheiros é grossa e escamosa. Os brotos são produzidos em inflorescências regulares, que de fato são uma espiral muito apertada aparentando um anel de brotos que surgem do mesmo ponto. Muitos pinheiros são uninodal, produzindo apenas um verticilo de brotos por ano, (de rebentos no início da época de floração), mas outros são multinodal, produzindo dois ou mais verticilos de ramos por ano. Na primavera os brotos são denominados "velas" porque de cor mais clara, apontam para cima e depois escurecem e arrepiam. Estas "velas" servem para avaliar o estado nutricional das plantas.
Azevinho

azevinho (Ilex aquifolium), também chamado azevimazevinheiropau-azevim e sombra-de-azevim, é um arbusto de folha persistente da família das Aquifoliaceae, cultivado normalmente para efeitos ornamentais devido aos seus frutos vermelhos. Estes frutos também são denominados de azevinhos, bagas, azinhas ou enzinhas.
É uma das numerosas espécies do género Ilex, e a única que nasce espontaneamente na Europa, sendo bastante comum até aos 1 500 metros de altitude.
O azevinho comum é um arbusto de crescimento muito lento, atingindo em adulto de quatro a seis metros de altura. Alguns pés chegam a formar autênticas árvores. Pode viver 100 anos ou mais.
As folhas alternas, inteiras, possuem um pecíolo curto e um limbo de 5 a 7 cm de comprimento, coreáceo, de forma geral ovalada e bordo ondulado e espinhoso, por vezes liso em indivíduos idosos. De um verde brilhante escuro na face superior, mais claras na face inferior, possuem espinhos afiados. As folhas persistem em geral três anos. A casca do tronco é cinzenta clara e lisa. Existem também azevinhos com folhas bicolores ou variegadas, geralmente verde e branco ou verde e creme (ver foto ao lado).

É uma espécie dióica (indivíduos masculinos e femininos distintos). Tem flores brancas, de pequena dimensão (cerca de 6 milímetros de diâmetro).

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Castanheiro

Castanheiro, (Castanea sativa) é uma árvore de grande porte, muito abundante no interior norte e centro de Portugal, cujo fruto (ouriço) contém a castanha, que formou, juntamente com o trigo, cevada e centeio, a base da alimentação em Portugal até ao século XVII. No sul é rara, apenas aparecendo em áreas muito elevadas como a Serra de São Mamede (Marvão).
O castanheiro produz também madeira de excelente qualidade, o castanho, muito usada no passado na construção em Portugal, nomeadamente na região norte do país. É ainda hoje muito utilizada em mobília e decoração interior. Desde tempos remotos que é conhecida na Península Ibérica.
Alberto Sampaio, referindo-se à alimentação do camponês nortenho na Idade Média, diz: «Os frutos, sobretudo as castanhas, encontravam-se num dia ou noutro na mesa do lavrador». As castanhas menores e tocadas pelos bichos serviam de ração para porcos. A partir da Idade Média, a introdução do pinheiro-bravo (Pinus pinaster) foi um dos grandes responsáveis pelo recuo desta espécie, bem como do carvalho. Mais tarde, a introdução do milho e da batata fizeram a castanha perder a importância que tinha na alimentação da população.
Hoje, a castanha está intimamente ligada às comemorações de São Martinho e ao Magusto, sendo consumida durante o outono, normalmente assada ou cozida. Apesar de a planta se encontrar em declínio, devido à concorrência de outras espécies florestais, à doença da tinta e ao abandono dos campos, o seu fruto ainda é uma exportação agrícola portuguesa importante (aproximadamente 4% da produção mundial).
Atualmente os concelhos de Vila Pouca de Aguiar e Valpaços, na província de Trás-os-Montes são os maiores produtores de castanha, e embora este fruto não seja, nos dias de hoje, a base da alimentação da população transmontana, é uma enorme fonte de rendimento em termos monetários.
A um conjunto de castanheiros chama-se souto, soito ou castinçal.

Azinheira

As azinheiras (Quercus ilex) são árvores que chegam a medir até 10 metros de altura. Pertencem à família das fagáceas. Possuem folhas ligeiramente espinhosas nos espécimes adultos, flores masculinas em amentos, as femininas em panículas e frutos ovóides, revestidos, em parte, por escamas.
Nativas da região Mediterrânica da Europa e Norte da África, a sua madeira é dura e resistente à putrefação, sendo largamente utilizada, desde a antiguidade até os dias atuais, na construção de habitações (vigas e pilares), embarcações, barris para envelhecimento de vinhos e na fabricação de ferramentas. Ainda hoje, a sua madeira é utilizada como lenha e na fabricação de carvão, que continua sendo uma importante fonte de combustível doméstico em muitas regiões Ibéricas.
Esta árvore é muito abundante em Portugal, formando extensos montados chamados montados de azinhos.Em certas situações de temperatura alta e secura extremas, associada a outros arbustos, forma um matagal que constitui a única protecção do solo.
A azinheira é uma das poucas árvores que, por ser valiosa, tem uma protecção em Portugal (Decreto-Lei n.º 169/2001).

Sobreiro


sobreirosobrosobreira ou chaparro (Quercus suber) é uma árvore da família do carvalho, cultivada no sul da Europa e a partir da qual se extrai a cortiça. O sobreiro é, juntamente com o Pinheiro-bravo, uma das espécies de árvores mais predominante em Portugal, sendo mais comum no Alentejo litoral e serras Algarvias.
É devido à cortiça que o sobreiro tem sido cultivado desde tempos remotos. A extração da cortiça não é (em termos gerais) prejudicial à árvore, uma vez que esta volta a produzir nova camada de "casca" (suber) com idêntica espessura a cada 9 anos. Pode ter até 20 metros mas normalmente terá 15 metros.
O sobreiro faz parte da vegetação natural da Península Ibérica, sendo espontâneo em muitos locais de Portugal e Espanha, onde constituía, antes da acção do Homem, frondosas florestas em associação com outras espécies, nomeadamente do género Quercus.
A finalidade da cortiça é o fabrico de isolantes térmicos, tecido de cortiça (vestuário, acessórios como malas, bolsas, carteiras e sapatos), materiais de isolamento sonoro de aplicação variada e ainda indústria aeronáutica, automobilística e até aeroespacial, mas sobretudo é utilizada na produção de rolhas para engarrafamento de vinhos e outros líquidos. 
Os montados são sistemas agro-silvo-pastoris e um dos exemplos de sistemas tradicionais sustentáveis de uso no solo da Europa. Representam uma área de aproximadamente 1,2 Mha, a maior parte na região do Alentejo, no sul de Portugal. O valor económico dos montados deve-se, essencialmente, à produção de cortiça, estando a sua importância cultural relacionada com o papel que têm na conservação da biodiversidade e valores históricos como o registo de sistemas sociais e agrícolas tradicionais. Desde o século XIV, que Portugal já exportava cortiça para o Reino Unido e Flandres. A gestão tradicional dos Montados permite combinar dois objectivos importantes a produção agro-pastoril e conservação do ecossistema. Além da cortiça, o sobreiro dá o fruto que é a bolota, também conhecida por lande ou ainda (mais correctamente) glande, que serve para alimentar as varas do porco preto alentejano,  do qual se faz o além de enchidos o presunto ibérico ou presunto de pata negra.

Carvalho


Carvalho é a designação comum das cerca de seiscentas espécies de árvores do género Quercus da família Fagaceaee de outros géneros relacionados, nomeadamente Lithocarpus. O género é nativo do hemisfério norte e inclui tanto espécies caducas como perenes que se estendem desde latitudes altas até à Ásia tropical e a América. Em geral, as espécies de folha caduca distribuem-se mais para o norte e as de folha persistente para o sul. Os frutos do carvalho chamam-se bolotas ou landes.


Algumas espécies mais comuns :
Por vezes, é difícil identificar as diversas espécies pois estas formam híbridos entre si.